Pimenta: principais tipos e benefícios para nossa saúde
Condimentos e especiarias são ingredientes valorizados há séculos pela humanidade. Graças a eles, os portugueses chegaram às terras brasileiras, quando iam à Índia, justamente adquirir tais produtos.
Em terras tupiniquins, a ardência na culinária fica por conta da pimenta vermelha e suas diferentes espécies. Há quem não abra mão desse ingrediente em qualquer prato e, quanto mais ardida, melhor. Mas não é só um sabor extra que esses frutos conferem às receitas. A pimenta é um alimento cheio de benefícios para a nossa saúde.
Quais são os principais tipos de pimenta?
As pimentas se diferenciam pelo grau de picância, o que também determina a quantidade e tipos de substância que possuem. Confira quais são os tipos mais consumidos:
Pimenta do reino: Essa é a pimenta preta, típica da Índia e que é rica em piperina, substância com propriedades termogênicas, o que ajuda a emagrecer.
Pimenta malagueta: Essa é a pimenta mais consumida no nordeste do país, usada na preparação de pratos típicos, como o acarajé. Fonte rica de capsaicina, substância que confere ardência ao alimento.
Cayenna: Esse é um tipo de pimenta vermelha e enrugadinha, cultivada na América do Sul e Central. Ela pode ser consumida fresca ou em pó, no entanto é essencial retirar suas sementes antes do preparo, uma vez que elas são tóxicas. Esse é um bom tipo para a saúde, por melhorar a circulação sanguínea e a proteger o coração.
Jamaicana: Esse é um exemplar bem ardido e, por isso, não deve ser consumido por qualquer pessoa. Normalmente, é utilizada na preparação de molhos.
Jalapeño: É uma das pimentas mais populares no México, tem uma picância mediana. Ela pode ser usada nas mais diferentes receitas, incluindo geleias e tacos. A jalapeño pode ser consumida em conserva, desidratada, em molhos ou crua.
Chipotle: Essa é a pimenta Jalapeño na versão seca, o que faz com que ela fique mais picante. Pode ser consumida inteira, em conserva, em forma de molho ou em pó. Combina com vegetais e grãos.
Tabasco: O molho dessa pimenta mexicana é muito conhecido. Ela é vermelha e picante, muito utilizada em porções e entradas.
Habanero: Essa é a pimenta mais picante da lista. Também de origem mexicana, possui tons intensos e pode ser vermelha, rosada, verde, amarela ou alaranjada.
Chilli: Essa é a pimenta norte-americana mais conhecida, encontrada nas cores vermelho, amarelo, laranja ou verde. Ela é bem picante e pode ser consumida fresca, em pó ou como molho concentrado. A chilli pode se usada nas mais diferentes preparações.
Thai: Famosa na gastronomia tailandesa e asiática, ela é verde ou vermelha e comprida. Sua picância é alta, por isso só quem está acostumado com isso deve experimentar.
Pimenta-de-cheiro: Por ser bem aromática, é muito usada no preparo de peixes e frutos do mar. Ela é bem comum no nordeste e o teor da sua ardência varia.
Fidalga: Também usada no tempero de peixes, marinadas e conservas, tem alto grau de ardência.
Cambuci e americana: Essas são tipos de pimentas doces, usadas recheadas, grelhadas, assadas ou em receitas com picles.
Dedo de moça: Um pouco mais suave que a pimenta malagueta, ela é consumida líquida, fresca, desidratada (nessa versão ela é a pimenta calabresa) ou em conserva. Meia colher de sopa dessa pimenta, na versão desidratada em pó, pode suprir a necessidade diária de vitamina A para o nosso organismo.
Quais os principais compostos bioativos da pimenta?
Quanto mais picante a pimenta, maior o teor de capsaicinoides, bons para a saúde devido a suas ações antimicrobiana, anti-inflamatória, anticancerígena, entre outras. Esses compostos determinam a ardência da pimenta, expressa por uma escala chamada Scoville Heat Units (SHU) ou Unidades de Calor Scoville. O teor de picância pode variar de até um milhão de SHU.
Capsaicina: Confere a coloração avermelhada e possui ação antioxidante, o que o faz importante na prevenção de doenças.
Violaxantina: Esse é o principal carotenoide das pimentas amarelas, responsável por mais de 60% dos antioxidantes presentes nesses frutos.
Luteína: Composto também encontrado em vegetais de folha verde, é importante para a manutenção da saúde dos olhos.
Ácido ferúlico: É um ácido com propriedades antioxidantes e, por isso, determinante para a prevenção de doenças crônicas que atingem o nosso sistema nervoso.
Ácido sinapínico: Outro tipo de antioxidante que possui ações antitumoral e anti-inflamatória.
As pimentas Capsicum ainda são ricas em vitamina C, nutriente importante para a prevenção de gripes e resfriados, que fortalece ossos e dentes e melhora a absorção de ferro no organismo. Elas também são fontes de vitaminas E, B6 e K, assim como de minerais como o cobre e o potássio.
É verdade que a pimenta colabora para a perda de peso?
Sempre achamos importante reforçar que nenhum alimento sozinho tem esse poder. A perda de peso é resultado de uma combinação de alimentos saudáveis e balanceados com a prática regular de atividades físicas. No caso da pimenta, o que acontece é que a capsaicina é um dos melhores termogênicos naturais existentes. Isso faz com que a temperatura corporal seja elevada e assim as células usem nossa reserva de gordura para compensar o gasto energético.
Além disso, alguns estudos mostram que esse mesmo composto converte a gordura branca em gordura marrom. E essa segunda gordura é saudável, uma vez que ajuda no controle das taxas de glicose e de insulina na circulação, o que inibe o acúmulo de gordura.
A pimenta tem efeito analgésico?
Sim, e também é mérito da capsaicina, que tem o poder de se ligar aos receptores da dor e promover uma redução nessa sensação e ainda propiciar o relaxamento da musculatura local. No entanto, em quem sofre de gastrite ou refluxo, o efeito pode ser justamente o contrário.
O fruto também é um aliado da pele?
Indiretamente, sim. Como se sabe, a pimenta é rica em vitamina C, importante nutriente para a formação de colágeno. E é justamente o colágeno que é responsável pela firmeza da pele, o que evita a formação das indesejáveis rugas.
Há restrições para o consumo de pimenta?
Há alguns casos em que o consumo pode causar irritação nos órgãos digestivos. Isso acontece especialmente em pessoas que possuem gastrite. Pessoas nessas condições devem ainda evitar consumir aqueles molhos industrializados, uma vez que possuem tantos aditivos químicos que seus compostos ativos naturais são reduzidos.
O que fazer quando a pimenta arder muito?
É muito comum ver pessoas ingerindo muita água ao exagerarem na ingestão de pimenta. Mas sabia que essa é a pior coisa a se fazer? A água espalha a capsaicina pela boca, o que prolonga a ardência. A melhor coisa a se fazer é tomar um copo de leite integral, uma vez que a caseína, proteína presente no leite, anula o efeito da capsaicina.
Sugestão Jasmine
Você é do tipo que ama o sabor picante da pimenta? Conheça o nosso Trail Mexicano. O snack é uma combinação de sementes tostadas e frutas secas com um toque de Limão e Pimenta. O alimento é fonte de fibras, de minerais fósforo, magnésio e manganês, além de Ômega 3.