

House Cheffs, o marketplace de comida caseira
Conectar profissionais que amam cozinhar em casa ou em uma cozinha industrial a pessoas que procuram uma alimentação caseira, mais afetiva e a um preço acessível. Essa é a proposta do casal Ivan Alos e Ana Paula Brasil com a criação da plataforma House Cheffs. Lançada em junho deste ano, ela é um marketplace de comida compartilhada entre pessoas que moram ou trabalham no mesmo bairro ou em regiões próximas no Rio de Janeiro (RJ). O projeto é um dos selecionados para participar do programa Jasmine Open Table de aceleração.
Oriundos do mundo corporativo, Ana Paula e Ivan compartilhavam uma insatisfação em comum: seus propósitos pessoais não se encaixavam mais nos profissionais. Formada em design, Ana Paula trabalhava há alguns anos na área administrativa de uma empresa de petróleo. “Isso começou a me deixar bem ansiosa e insatisfeita. Não era o que eu queria para a minha vida, precisava seguir um caminho mais criativo”, diz.
Natural de Barcelona, na Espanha, Ivan veio ao Brasil há quase dez anos e acabou ficando por aqui depois de conhecer Ana Paula. Formado em direito com especialização em negócio marítimo, ele atua há mais de uma década na área. “Por um tempo, meu trabalho até foi satisfatório. Mas chega aquele momento em que você se torna apenas uma parte da engrenagem e o único propósito passa a ser o financeiro”, avalia.
House Cheffs conecta pessoas em busca de comida caseira
Embora vivessem a rotina do mundo corporativo há muito tempo, a comida sempre esteve presente na vida do casal. Ivan é filho de um cozinheiro francês e Ana Paula, de um produtor agrícola. Mas foi de uma necessidade de consumo pessoal que surgiu a ideia do novo negócio. “Depois de um dia corrido e cansativo de trabalho, é muito difícil encontrar tempo e disposição para cozinhar”, comenta Ana Paula. O House Cheffs seria a saída perfeita para esse público que busca uma alimentação mais saudável e a um preço acessível.
A estruturação do marketplace levou cerca de um ano, período em que o casal continuou trabalhando em seus empregos antigos. Em junho, o site entrou no ar e em menos de três meses já contava com 20 cozinheiros e cerca de 250 pessoas cadastradas.
Consumo colaborativo e online
Na plataforma, a experiência do usuário é bastante intuitiva. Nas opções de menu, ele encontra diversos tipos de refeições naturais e congeladas artesanais. Como o enfoque está na alimentação saudável, é possível encontrar pratos das categorias FIT, low carb, vegana, vegetariana, sem glúten, sem lactose e gourmet. É possível ainda conhecer um pouco mais sobre a pessoa que vai preparar a refeição, já que todos os cozinheiros mantêm um pequeno perfil dentro do site.
Os pedidos, no entanto, precisam ser feitos com um dia de antecedência. “Além de evitar que o chef perca produtos, isso ainda garante que o consumidor receba um prato com ingredientes frescos”, comenta Ana Paula. Mantendo seu viés no consumo colaborativo, sustentável e de valorização do mercado e de produtores locais, o marketplace prioriza que a entrega de todos os pedidos seja feita a pé ou por empresas de transporte ecológico, que usam bicicletas.
Com a ajuda dos mentores do Jasmine Open Table, Ana Paula e Ivan pretendem expandir o modelo de negócio para outras cidades do país. “O programa vai ser fundamental para nos estruturarmos corretamente para ampliar os canais de venda e de branding”, diz Ivan.
Sobre o Jasmine Open Table
A Jasmine aposta na capacidade transformadora da alimentação saudável. Com o programa Jasmine Open Table, uma plataforma de aceleração para projetos inovadores, ela fomenta o desenvolvimento de produtos e de conteúdos que ajudem as pessoas a terem uma vida mais ativa, saudável e consciente. A primeira edição do programa teve 50 inscritos e nove projetos foram selecionados para participar das 12 semanas intensivas de mentoria, formuladas em parceria com a Corporate Garage.