Tipos de chá: verde, branco, preto e vermelho
Nativa de algumas regiões da Índia e da China, a planta Camellia sinensis dá origem aos tipos de chá que conhecemos: branco, preto, verde e vermelho. A planta é considerada um elixir da boa saúde pelos orientais. Rica em diversos nutrientes, é muito utilizada para o emagrecimento, mas também têm importante ação antioxidante, digestiva e diurética, além de auxiliar no fortalecimento do sistema imunológico.
A Camellia sinensis também tem bons teores de catequinas, flavonoides e taninos, substâncias com ação antioxidante. Contém vitaminas C, K e do complexo B e sais minerais, como potássio e magnésio. A presença desses compostos pode variar nos diferentes tipos de chá, de acordo com o método de processamento. Os chás que passam por fermentação (vermelho e preto) tendem a perder alguns nutrientes por causa da oxidação.
Para aproveitar ao máximo o potencial nutritivo de cada um dos quatro tipos de chá, a indicação é o uso das folhas da planta. “Elas tendem a ser naturais e livres de conservantes, vale investir e procurar pelo produto”, comente a nutricionista Priscila Amadio, especialista em nutrição clínica.
Tipos de chá
A planta Camellia sinensis dá origem aos chás branco, vermelho, preto e verde. Essa diferença é atingida pelos diferentes tipos de processamento e também durante a colheita. Há variações, por exemplo, na época de retirada das folhas, no uso de brotos e na escolha entre uso de vapor ou da fermentação.
Chá verde
Sua produção é feita com o tratamento de folhas em vapor. Em seguida, elas passam por um processo de secagem. É indicado para quem está de dieta e procura perder uns quilinhos. Como favorece a quebra de gorduras, ajuda no processo de digestão e absorção de nutrientes. Tem ação antioxidante e é associado à uma melhora na circulação sanguínea.
Na quantidade correta, promove a saciedade e ajuda a controlar a fome. Os polifenóis presentes na sua composição têm ação neuroprotetora. Como todo produto estimulante, é contraindicado para gestantes, pessoas com hipertireoidismo, hipertensos e para pessoas com glaucoma ou irritações gástricas.
Antes de preparar esse chá, tome nota de algumas dicas: não deixe a água ferver, assim você evita que as folhas fiquem cozidas e com gosto amargo e que alguns nutrientes sejam degradados. Também é indicado consumir o chá assim que estiver pronto, para evitar a degradação dos antioxidantes.
Chá branco
É produzido com brotos e flores da Camellia sinensis. Tem a menor quantidade de cafeína de todos os tipos e sabor mais delicado. Sua principal característica é a ação antioxidante, resultado de um tipo de polifenol chamado catequina. Essa substância tem sido amplamente divulgada como grande aliada na prevenção do câncer e de doenças cardiovasculares e cerebrais degenerativas.
“Também proporciona sensação de bem-estar e relaxamento, devido à L-teanina, que age no cérebro e favorece o aumento de alguns neurotransmissores responsáveis por essas sensações”, comenta Priscila. Mas não exagere. Seu consumo em excesso pode levar ao aumento da pressão arterial, insônia, dor de cabeça, taquicardia e gastrite.
Assim como o chá verde, ele não deve ser submetido à água fervente. As folhas devem ser colocadas em um recipiente com o líquido muito quente por cerca de cinco minutos.
Chá preto
Passa por diversas etapas de processamento, sendo a mais importante a fermentação. Tem alta concentração de cafeína, que auxilia na perda de peso e tem ação anti-inflamatória. Também tem ação antioxidante e protetora do cérebro.
De acordo com a nutricionista Priscila, não é aconselhável que ele seja ingerido durante as refeições. “Sua propriedade estimulante pode dificultar a absorção de algumas vitaminas, ferro e aminoácidos”, explica.
Chá vermelho
Resultado da oxidação parcial da Camellia sinensis. A bebida é uma importante fonte de cálcio, manganês e flúor, nutrientes benéficos para a estrutura óssea e para a prevenção de artrite e osteoporose.
“Pode ser indicado para alérgicos e pessoas com asma, porque possui boa qualidade anti-inflamatória devido aos compostos fenólicos”, explica Priscila. Mas, se consumido em excesso, pode ocasionar dores de cabeça, nervosismo, insônia, vômitos, diarreia, irritabilidade, tremores e enjoos. Deve ser evitado por pessoas com diabetes, distúrbios de coagulação ou com síndrome do intestino irritável.