Reducetariano: quem segue uma dieta sem radicalismos
É crescente a consciência das pessoas sobre a importância de adotar uma alimentação saudável que preserva o meio ambiente ao mesmo tempo. É uma das principais razões que leva parte da população a optar por um estilo de vida vegetariano ou vegano. Sabemos, no entanto, que essa não é uma missão fácil, uma vez que produtos de origem animal fazem parte da nossa cultura.
Surge, então, um novo conceito para quem deseja alterar os hábitos alimentares sem tirar totalmente nenhum alimento da dieta. O reducetarismo foi criado pelo norte-americano Brian Kateman, com a proposta de reduzir o consumo de carnes, peixes, frutos do mar, ovos e laticínios, sem adotar uma dieta específica. Com isso, a pessoa pode apostar em uma alimentação mais consciente e sustentável, sem radicalismos.
O que é ser reducetariano?
Sabe-se que a indústria agropecuária tem grande papel no desmatamento e no consumo excessivo de água no mundo, entre outros recursos naturais. Pesquisas mostram que a redução do consumo individual de produtos de origem animal já causa efeitos positivos nessas questões. É essa ideia defendida pela ONG Reducetarian.
No site da instituição, é possível calcular de forma simples o quanto se poupou de água e de emissão de gás carbônico ao deixar de comer carne pelo menos uma vez por semana. Em um mês, a economia chega a 5,3 litros de água e 6,6 quilos de emissão de gás carbônico.
E tem mais. Segundo a instituição, se os alimentos oferecidos para os animais criados para consumo fossem destinados para os humanos, o abastecimento mundial de comida ficaria 70% maior. Esse montante é capaz de alimentar 4 bilhões de pessoas.
Segunda-feira sem carne
Tem vontade de adotar esse estilo de vida, mas não sabe por onde começar? Uma boa opção é apostar no movimento Segunda-feira sem carne. Essa é uma ação que tem o cantor Paul McCartney como embaixador e propõe “designar um dia da semana no qual se deixa de consumir carne, a fim de promover a saúde, o tratamento ético dos animais, o combate à fome mundial e a promoção do ativismo comunitário e político”.
É uma forma de inserir na rotina alimentar outros alimentos, a fim de substituir a proteína das carnes com a ingestão de diferentes frutas e vegetais. Com isso, o organismo sentirá os benefícios que os nutrientes conferem para o seu funcionamento e fortalecimento. Também é uma ótima oportunidade de fazer preparações inéditas e descobrir diferentes sabores.
Embora não haja riscos em reduzir o consumo de produtos de origem animal, é sempre importante procurar um especialista antes de adotar uma dieta diferente da que está habituado. O profissional pode criar um plano alimentar de acordo com os seus objetivos, considerando o seu perfil, carências e necessidades do seu corpo. Cada organismo é único e, portanto, a rotina alimentar também deve ser individualizada.
Receitas Jasmine
Ficou com vontade de reduzir o consumo de carne? Que tal experimentar algumas receitas saudáveis e saborosas que não levam qualquer ingrediente de origem animal? Confira algumas das nossas sugestões.