

Dietas de proteína: Conheça programas focados nesse nutriente
Não é novidade que precisamos de energia para executar qualquer tarefa cotidiana, desde pegar um copo d’água até praticar exercícios físicos intensos. Para exercer bem todas as funções, nosso corpo necessita de combustível e de um material de reparação. Alimentos ricos em proteínas reparam os tecidos e atuam no desenvolvimento dos músculos. Diante de todas essas funções no organismo, popularizaram-se nos últimos anos, dietas de proteína, que incentivam o consumo de alimentos fontes desse nutriente e a redução de comidas ricas em carboidratos.
Tipos mais comuns de dietas de proteína
Essas dietas têm um objetivo em comum, que é deixar de lado a preocupação de quantas calorias são ingeridas por dia e privilegiar o consumo de alimentos que prolongam a saciedade. Isso tem um objetivo extra e fundamental para a saúde: como o açúcar é liberado mais lentamente, não há elevação da glicose (algo que ocorre com a ingestão de carboidratos).
Certamente itens como carnes magras, ovos, peixes e alguns vegetais farão parte do cardápio diário de quem segue dietas de proteína.
Conheça quais os principais tipos e qual combina melhor com o seu perfil.
Dieta Atkins
Uma das dietas de proteína mais tradicionais foi desenvolvida na década de 1960 pelo cardiologista norte-americano Robert Atkins, após investigar os hábitos alimentares dos esquimós. Ela propõe uma drástica redução no consumo de carboidratos e uma elevada ingestão de proteínas e gorduras boas. A principal preocupação que Atkins teve ao criar essa dieta foi controlar a compulsão alimentar (que gera o efeito sanfona), muitas vezes causada por uma rotina alimentar pobre nesses nutrientes. As quatro fases desse programa são:
Fase de Indução: Tem duração de 15 dias e, nesse período, o consumo de carboidratos é restrito a no máximo 20g por dia, para que o organismo passe a usar a gordura armazenada como fonte de energia.
Perda de Peso constante: Esta fase dura mais tempo e, a cada semana, são reintroduzidos os carboidratos, com a adição de 5 gramas por semana. Deve-se ingerir muitas verduras e manter-se hidratado.
Pré-manutenção: 10 gramas de carboidratos são acrescentados por semana, até que o peso desejado estabilize-se.
Fase de manutenção: Como o nome diz, nessa fase deve-se apenas manter a dieta e o peso.
Dieta Dukan
Desenvolvida pelo médico e nutricionista francês Pierre Dukan, essa dieta também é dividida em quatro fases:
Fase de Ataque: É o período mais radical, que dura de 2 a 10 dias. Deve-se ingerir apenas alimentos com alto teor proteico.
Fase de Cruzeiro: Algumas verduras e legumes são adicionados aos poucos. Intercale dias de consumo apenas de proteínas e outros de proteínas e vegetais.
Fase de Consolidação: Aqui, o objetivo é manter a dieta. Gradualmente, inclua em alimentos proibidos nas fases anteriores. Para cada quilo perdido, deve-se ficar nesta etapa por 10 dias .
Fase de Estabilização: Deve ser seguida por toda a vida. Recomenda-se comer três colheres (sopa) de aveia por dia e repetir a Fase de Ataque uma vez por semana.
Dieta de South Beach
Criada pelo médico americano Arthur Agatston, na década de 1990, a South Beach tem como objetivo prevenir doenças cardiovasculares. Ela divide os carboidratos em dois tipos.
Os “bons” são aqueles com baixo índice glicêmico, o que quer dizer que não causam elevação dos níveis de glicose. Já os ruins são as gorduras trans e saturadas e, por isso, devem ser substituídas por alimentos ricos em gorduras insaturadas e omega 3.
As fases da Dieta de South Beach:
Fase 1: Por duas semanas, deve-se eliminar por completo açúcares, frutas, carboidratos processados e alguns legumes de alto índice glicêmico.
Fase 2: Deve-se adicionar mais carboidratos na rotina alimentar e, para isso, incentiva-se o consumo de frutas e grãos de baixo índice glicêmico. Sua duração será determinada pelo peso perdido.
Fase 3: A ideia aqui é apenas manutenção por toda a vida, sem alimentos proibidos. A proposta é apenas aderir a uma dieta saudável.
Dieta Paleolítica
Conhecida também como Dieta das Cavernas, ela propõe a ingestão de alimentos que lembrem aqueles consumidos por nossos ancestrais da Era Paleolítica. Por isso, a Paleo incentiva o consumo de alimentos naturais e com alto teor de fibras: carnes à vontade, frutos, sementes e, claro, muita água. Também prega o jejum prolongado.
Essas dietas propõem um corte radical dos carboidratos da dieta e podem causar fraqueza e mal-estar em algumas pessoas, dependendo das condições de saúde. Por isso, é fundamental ter o acompanhamento de um especialista. Nunca mude sua rotina alimentar sem a realização prévia de exames de sangue e outros que o seu médico pode indicar.