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Compulsão alimentar: O transtorno que leva a comer demais

por Jasmine Assessoria de Imprensa
em 22/11/2017

Quem nunca sentiu culpa após exagerar na comilança? Comer além da conta de vez em quando pode ser algo normal e não chega a ser um problema. Mas, se a perda de controle passa a fazer parte da rotina, pode ser um caso de compulsão alimentar.

O que é a Compulsão Alimentar?

É um transtorno alimentar em que o paciente come em grande quantidade e não consegue parar, mesmo tendo vontade. “A pessoa que sofre de compulsão frequentemente enfrenta esse tipo de situação, sempre acompanhado do sentimento de culpa e tristeza. Mas, ao contrário da bulimia, ela não força o vômito”, explica a psicoterapeuta Maura Albano.

Além dos dois sintomas típicos já citados, outros sinais caracterizam esse distúrbio:

  • Adotar diversos tipos de dietas;
  • Controlar excessivamente o peso;
  • Recorrer à comida sempre que se sente frustrado, ansioso, triste ou tenso;
  • Comer rapidamente e sem sentir, como estivesse no modo “piloto automático”;
  • Não parar, mesmo estando cheio;
  • Esconder alimentos para comer quando estiver sozinho.

Causas

Transtornos mentais e alimentares muitas vezes são causados por uma combinação de fatores. Conheça alguns que estão ligados ao desenvolvimento da compulsão.

Dieta restritiva: Regimes que prometem o emagrecimento de forma milagrosa costumam privar a pessoa do consumo de diversos alimentos. Isso pode desencadear um desejo ainda maior, que gera o impulso e à incapacidade de parar quando decide se render a essa vontade. Por isso, toda dieta deve ser acompanhada de um nutricionista, que montará um programa sem essa rigidez e restrição exagerada.

Estresse: Esse é um fator que pode gerar um círculo vicioso. A pessoa come porque está estressada e o exagero gera um novo estresse. Ela, então, novamente recorre à comida na tentativa de se acalmar.

Compensação emocional: Há ainda aquelas pessoas que veem na comida uma forma de compensar suas frustrações, baixa autoestima, tristeza e problemas de relacionamento.  Assim como no caso do estresse, alguns desses fatores podem desenvolver um ciclo difícil de ser quebrado por quem sofre de compulsão.

Depressão: São duas doenças que andam juntas e, por isso, ao tratar a compulsão alimentar, muitas vezes, deve ser tratada a depressão também.

Distúrbio de imagem: Assim como no caso de outros transtornos, como a anorexia, quem sofre de compulsão costuma ter um problema em relação à sua imagem. Elas normalmente se veem mais gordas do que realmente estão e, em busca do emagrecimento, recorrem a dietas, jejuns, medicamentos e outros recursos que acabam desencadeando, em algum momento, a compulsão.

Outros fatores podem causar essa doença, como traumas passados, abusos, disfunções hormonais, maus hábitos alimentares, vício alimentar, entre outros.

Diagnóstico e tratamento

Não existe um exame específico que identifique a compulsão alimentar e, por isso, é muito importante que pessoas próximas fiquem atentos a sintomas e comportamentos. Caso esses sinais ocorram com frequência, é preciso encaminhar a pessoa a um médico, para que ele solicite exames.

Também é essencial o acompanhamento de um psicólogo, que irá identificar os fatores que levaram ao desenvolvimento da doença e a tratar de forma global todas as causas.  O tratamento deve envolver ainda nutrólogo ou nutricionista e, em casos de depressão, psiquiatra.


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