Alergias e intolerâncias alimentares na infância: é possível prevenir?
As alergias e intolerâncias alimentares são comuns nos primeiros aninhos de vida do bebê, saiba como prevenir o surgimento e como lidar em cada caso
Um em cada quatro bebês está em risco de desenvolver algum tipo de alergia ou intolerância alimentar. Esse rico aumenta em 50% quando já existe um histórico de pessoas na família, em especial pai, mãe ou irmãos, alérgicas ou com algum tipo de intolerância alimentar. E mesmo as dietas de restrição feitas durante a gestação não impedem que o bebê desenvolva algum tipo e intolerância ou alergia alimentar.
É comum que algumas pessoas confundam um processo alérgico com a intolerância alimentar, mas cada um gera reações diferentes no organismo. Por exemplo, quando existe uma intolerância alimentar, o organismo apresenta dificuldade na absorção de uma determinada substância, o que acaba desencadeando algumas reações desagradáveis como dores de cabeça, dores no corpo e diarreia. Já no caso das alergias, o corpo entende que a substância é invasora e representa risco ao organismo, então ele passa a produzir anticorpos que acabam atacando o próprio organismo causando um tipo de inflamação. É importante lembrar que o diagnóstico de alergia ou intolerância alimentar só pode ser feito por um profissional especializado.
Quando falamos de bebês, a principal maneira de prevenir as alergias é a amamentação nos seis primeiros meses de vida. O leite materno é hipoalérgico e ajuda a treinar o sistema imunológico do bebê para receber outros alimentos, por isso é importante que nos seis primeiros meses o bebê consuma apenas o leite materno. Mesmo com esse cuidado ainda existe o risco dele desenvolver alergias alimentares. Nesses casos a melhor forma de tratamento é uma dieta de restrição que deve excluir o alimento completamente do cardápio do bebê e procurar alternativas que possam suprir a eventual falta de nutrientes.
Nos casos em que o bebê é diagnosticado com uma intolerância alimentar o procedimento é o mesmo da dieta de restrição, mas é possível que com o tempo a criança desenvolva uma maior tolerância ao alimento ou a substância. Portanto o alimento pode ser readministrado após 6 ou 12 meses da dieta de restrição para verificar os sintomas e as reações do organismo.